quinta-feira, 15 de novembro de 2007






penas de revoar anoitecer e trazer o sol
olhos de iscar palavras fisgadas, sem anzol
pureza de antes do fim, no começo da Era
coisa que escapa da roda para os confins da terra!
ela é feita de um véu, que sem vento,
esvoaçado raio de lua oferecido que pela porta ultrapassa
de uma carne que brilha diamante na névoa
(talvez seja de alguma parte ignorada de Évora)
de uma outra alma que bailando, se estilhaça
quando do amor a dor não passa, não passa!
mas só vê quem tem a sorte
quem cultiva a vida, não a morte
quem abre a palma e descortina
um beijo universal na boca da menina...

betina moraes


(É uma das que eu mais gosto de Betina)

2 comentários:

Eleonora Marino Duarte disse...

lívida...

obrigada por tanta importancia ao meu verso!

fiquei muito comovida.

um beijo de afeto...

Mayra Kinte disse...

betina é sempre betina, não é mesmo?

adoro!

beijo, minha manaxica!!!

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